quarta-feira, 2 de março de 2016

Tente-me



Se você não dar a mínima para o Português,
se você julga que a primeira pessoa do presente do indicativo pode ser substituída facilmente por seu infinitivo,
se você dar mais importância ao recado dado versus o texto bem escrito e, assim, acha que "se deu para entender estar bom",

Então é melhor começa a dá importância também à nem tão difícil substituição do infinitivo pelo presente do indicativo!
Porque do contrário, você não será capaz de me entender:
eu sou antitético demais, metafórico demais, hiperbólico demais.
Meu prazer é arcadista!
Meu coração é barroco e ao mesmo tempo romântico - mas não se iluda: meu cérebro é rococó e muito do parnasiano!
Para tampar o caixão, pasme: minhas crises são pós-modernas e superlativamente absolutas!

Se você não estar preparado para tudo isso, esqueça.
É melhor não está mesmo, porque ler-me seria difícil, conjugar-me seria dificílimo, entender-me seria impossível.
Aí, "cumpanhêro", aí não dá. Porque para dar, esse erre que teima em sumir e aparecer onde não deve, vai virar erre de romper, de ruir, de acabar!
Sim, é "pacabá"!

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